Minha trajetória profissional é uma história que se construiu com muito esforço e paixão. Quando decidi me tornar médico aos 26 anos, não tinha plena consciência dos desafios que enfrentaria, mas tinha uma certeza inabalável de que estava no caminho certo.
Minha jornada começou na faculdade, onde cada dia era um desafio, e a busca pelo conhecimento me impulsionava. As noites de estudo, os sacrifícios financeiros e a dedicação incondicional foram a minha fórmula para o sucesso. Cada prova, cada estágio, eram oportunidades para me aprimorar e me preparar para a carreira que escolhi com tanto amor.
Ao concluir a graduação, iniciei a residência em Clínica Médica, e nesse momento, os desafios se intensificaram. O aprendizado era constante, e a complexidade das doenças me estimulava a superar minhas próprias limitações. Foi uma época de crescimento pessoal e profissional, onde eu me via diante de casos desafiadores que me ensinaram a ser resiliente.
No entanto, minha verdadeira vocação começou a se revelar quando decidi fazer residência em Geriatria. O cuidado com os idosos, a compreensão de suas necessidades físicas e emocionais, e a conexão profunda com essas pessoas tornaram-se minha missão de vida. Cuidar dos idosos não era apenas tratar doenças, mas sim olhar para o indivíduo como um todo, compreendendo suas histórias, seus sonhos e seus medos.
Cada dia como geriatra é uma bênção. Aprendo com cada paciente e família que cruzam o meu caminho, e sou grato por poder contribuir para a qualidade de vida dos idosos. E sei que, independentemente dos desafios que o futuro possa trazer, minha paixão pela Geriatria continuará a me guiar, porque cuidar dos outros é minha verdadeira missão de vida, e não há nada que me faça sentir mais realizado do que isso.
Como médico geriatra, minha missão é promover um envelhecimento saudável e proporcionar cuidados abrangentes aos meus pacientes idosos. Aqui estão algumas das maneiras como eu contribuiria para esse objetivo:
Exames de rotina específicos de acordo com a faixa etária: Realizaria avaliações médicas regulares, levando em consideração as mudanças físicas e de saúde que ocorrem com o envelhecimento. Isso pode incluir exames de sangue, rastreamento de câncer, densitometria óssea, avaliação da função cognitiva, entre outros.
Tratamento de dores crônicas: Muitos idosos sofrem de dores crônicas, como artrite ou dor lombar. Eu desenvolveria planos de tratamento personalizados que podem incluir terapia física, medicamentos adequados e intervenções não farmacológicas, como exercícios de fortalecimento.
Demências: Diagnóstico, gerenciamento e apoio às pessoas com demência e suas famílias são uma parte fundamental do meu trabalho. Isso envolve a prescrição de medicamentos apropriados, estratégias de apoio à memória e ao comportamento, e aconselhamento para cuidadores.
Auxílio para cuidadores: Reconheço a importância dos cuidadores que apoiam os idosos em suas vidas diárias. Eu forneceria orientações, recursos e suporte emocional para ajudá-los a desempenhar seu papel de forma eficaz e saudável.
Ansiedade e depressão: Muitos idosos sofrem de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Eu faria avaliações de saúde mental, prescreveria medicamentos se necessário e encorajaria a psicoterapia para tratar essas condições.
Pacientes com necessidades de cuidados especiais (cuidados paliativos): Para aqueles que enfrentam doenças avançadas e têm necessidades especiais de cuidados, eu ofereceria cuidados paliativos. Isso envolve aliviar sintomas, fornecer apoio emocional e ajudar os pacientes a viver com a maior qualidade de vida possível.
No meu papel como médico geriatra, meu objetivo é não apenas tratar doenças, mas também promover a saúde e o bem-estar dos idosos, considerando seus desafios e necessidades específicos. Através de uma abordagem holística e centrada no paciente, busco melhorar a qualidade de vida e a longevidade saudável dos meus pacientes.
Quando trabalho no atendimento domiciliar a idosos com dificuldades de locomoção ou que estão passando por cuidados paliativos, meu foco principal é proporcionar um ambiente seguro e confortável para meus pacientes. Entendo que muitos idosos preferem passar seus últimos dias em casa, rodeados pela familiaridade de seu próprio espaço.
Eu começo avaliando as necessidades específicas do paciente, que podem incluir o alívio da dor, controle de sintomas, apoio emocional e cuidados de enfermagem especializados. Desenvolvo um plano de cuidados personalizado, em colaboração com a família e outros profissionais de saúde, para garantir que todas as necessidades do paciente sejam atendidas.
O atendimento domiciliar oferece uma oportunidade única de criar um relacionamento próximo e de confiança com o paciente e sua família. Eu estou lá para oferecer suporte não apenas ao paciente, mas também para ajudar a família a entender o processo de cuidados paliativos e enfrentar o momento desafiador que estão vivendo.
Eu trabalho em estreita colaboração com uma equipe multidisciplinar, que pode incluir enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas e capelães, dependendo das necessidades específicas do paciente. Juntos, buscamos proporcionar o máximo de conforto e dignidade ao paciente, respeitando suas escolhas e desejos.
A comunicação é fundamental nesse tipo de atendimento. Eu me esforço para manter uma comunicação aberta e honesta com o paciente e sua família, respondendo a perguntas e fornecendo informações sobre o processo de cuidados paliativos. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e a incerteza que muitas vezes cercam essa fase da vida.
No atendimento domiciliar a idosos em cuidados paliativos, meu objetivo é proporcionar o máximo de conforto possível, permitindo que o paciente permaneça em um ambiente familiar e amoroso até o fim da vida. Este é um trabalho gratificante e emocionalmente significativo, e estou comprometido em oferecer o melhor suporte possível a esses pacientes e suas famílias.
Como especialista em Geriatria pela Universidade Federal de São Paulo e com uma pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Hospital Sírio Libanês, minha formação acadêmica me proporcionou um conjunto sólido de habilidades e conhecimentos técnicos para atender de forma abrangente os meus pacientes idosos. Além disso, essa trajetória acadêmica enriquecedora me capacitou para compreender as necessidades específicas dos idosos, tanto do ponto de vista médico quanto emocional.
A Geriatria me ensinou a abordar as complexidades do envelhecimento com empatia e conhecimento, oferecendo um cuidado centrado no paciente que visa não apenas tratar condições médicas, mas também melhorar a qualidade de vida dos idosos. A pós-graduação em Cuidados Paliativos complementou esse conhecimento, permitindo-me cuidar dos pacientes em suas fases mais avançadas, garantindo conforto e dignidade.
Minha jornada acadêmica não é apenas sobre aquisição de conhecimento, mas também sobre o compromisso com o desenvolvimento humano. Acredito que, além do tratamento médico, é fundamental oferecer apoio emocional e espiritual às pessoas que estão enfrentando desafios de saúde graves, seja no final da vida ou durante o processo de envelhecimento.
Estou dedicado a proporcionar um atendimento de alta qualidade que considera tanto as necessidades médicas quanto o bem-estar emocional dos meus pacientes idosos. Isso significa estabelecer uma comunicação aberta e empática com eles e suas famílias, ajudando a reduzir a ansiedade e fornecendo informações claras sobre o processo de cuidados.
No final das contas, meu objetivo é contribuir para que meus pacientes desfrutem de uma melhor qualidade de vida à medida que envelhecem e, quando necessário, garantir que enfrentem o processo de cuidados paliativos com conforto e dignidade. Estou orgulhoso de fazer parte dessa área da medicina e de poder fazer a diferença na vida das pessoas.
